Quem me dera ver-te sorrir mais uma vez. Mesmo aquele
sorriso direcionado para o além. Aqueles olhos serrados que nada diziam, mas
para mim significavam o paraíso. E o céu não era limite para onde minha
imaginação poderia voar quando te via. Meus olhos te seguiam e meus lábios contraiam.
Sentia o rosto enrubescer e os dedos nervosos nos bolsos pensando no que fazer.
E, sem você, nada seria.
Nada do
que está nos livros, nas estantes, nos vitrais, nada seria se não fosse sua
presença arbitrária nos momentos mais inesperados. Se não fossem seus passos
suaves, seu caminhar lento e todas as palavras que saem doces e, às vezes, até
ásperas de sua boca. As palavras que escuto sem saberes que ouço. E ai quem me
dera ouvi-las de mais perto.
Nesse passo
só me resta fazer tudo certo e quem sabe, num pequeno gesto de bondade do
destino, me apareças de novo amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário