No meio de tanta loucura, pressa e falta de sentimento, criei um único lugar onde algo faria sentido,pelo menos para mim. Um lugar para confortar e acolher pequenas idéias e grandes sentimentos, embora a indiferença de muitos.

domingo, julho 31, 2011

Minha garotinha.

Estou esperando uma garotinha. Ela é pequena, algo entre os cinco ou sete anos. Sempre me preocupo com sua chegada, embora ela sempre chegue bem. Hoje ela se atrasou mais do que o normal. Aquela estação simplória, clássica e ornamentada com enfeites de natal não era tão alegre quanto parecia aos outros. Eu só esperava por ela.
Depois de muito rodear a máquina de chocolates, resolvo comprar um. Pensando mais um pouco, lembro que ela deverá chegar com fome e compro um igual para ela. Me arrependo quase que na mesma hora. Ela não gosta deses chocolates recheados, me lembro meio sem jeito. Na espera prolongada, acabo por comer as duas barrinhas que não matam minha fome nem minha anciedade. Confesso que, naquele clima frio, eu por algumas vezes adormeci por frações de segundos. Numa delas, sonhei com minha pequena criança. É incrível como perdemos a noção do tempo nos sonhos. Pareceu uma eternidade. Acho que isso fez parece mais demorada a chegada da minha pequena.
 Quando ela finalmente chega, não me contenho. Seus olhos continuam os mesmos. E os meus, cheios de lágrimas. Seu cabelo, lindo como sempre. Seu sorriso, confortante, é sinal que ela está perto de mim. Ah, minha pequena criança. Que saudades - falo sem me dar conta dos que estão ao meu redor. Pai, já tenho vinte e um. Não me chame assim. Ela me abraça longamente.

terça-feira, julho 26, 2011

Você tem medo de rótulos. Você anda na linha, sem perceber que tudo que você quer é o título de certinha. Você sonha alto, escondida e com vergonha. Você sonha errado, do jeito que não deveria. Tudo que você quer é um pouco de alegria.
Você continua andando na linha, sonhando vergonhas, toda certinha. Você não quer estar sozinha, nem quer receber olhares de vizinhas. E você tem tudo que nunca quis, um rótulo e é infeliz.

domingo, julho 24, 2011

Tulipas

                Coloco-me a beira da escrivaninha para começar meu dia de fato. Como sou de um caráter clássico, um lápis incrementado com uma borracha, papel e uma máquina de escrever estão sempre prontos para a ação em seus específicos lugares. Sim, específicos. Não sou do tipo desorganizado, e até o sou, quando se trata dos meus óculos. Por sinal, acabo de dar falta deles. Sinto que não adianta procurar nas redondezas. Vou fazer uma curta viagem até a varanda já que não preciso de óculos para ver as tulipas no parapeito. No pequeno centro de vidro, uma surpresa: os óculos.
                Ainda de pijama, óculos nas orelhas, e sentado a beira da já conhecida escrivaninha de madeira, estou confortável e pronto para começar. Quando o lápis beija o papel, a porta os interrompe. Mais uma vez, depois das muitas da noite passada, concentro minha raiva na janela aberta que fazia ventar a maresia, levando meus papéis e batendo a porta. Sinto que estou pronto para desistir. Deito na cama e fecho os olhos, aproveitando que não preciso me vestir, quando este episódio me surgiu na mente e logo após, no papel.

sábado, julho 23, 2011

Eu começo a escrever, e as ideias vão voando, Deus sabe pra onde. Eu fico perdido num lugar projetado e criado por mim, procurando uma explicação. E por que? Qual o motivo que me distrai tão rotineiramente? Acho que nunca saberei. Ou talvez seja pelo fato de... é, eu não sei.
Nada como um dia após o outro. Memórias em nossas mentes, refrescando a lembrança das coisas que nos deixaram, ou que nós deixamos. É o simples rumo da vida, que muitas vezes nós complicamos. A vida continua em todas as direções, e não é difícil perceber, embora muitas vezes seja difícil aceitar. Basta lembrar da felicidade e senti-la, e a vida continuará para todos, até mesmo para você.

sexta-feira, julho 22, 2011

Nós eramos quatro. Eu e meu medo de amar, você e seu medo de sofrer. Eramos tres. Eu, você e o medo de tudo dar errado. Eramos dois. Eu e você, então eramos um.

quarta-feira, julho 20, 2011

Nós.

Que jamais se perca aquilo que é eterno, o que realmente importa. Que não seja apenas em palavras, nem tão pouco em nossas mentes. Que todos reconheçam o nosso poder quando juntos e o possam sentir quando separados. Que todas as coisas que juramos sejam bem mais do que sinceras. Que só importe para nós o que sentimos verdadeiramente. Que mesmo nas horas tristes, saibamos sorrir um para o outro. Que, sendo assim, nossa história vá através do universo.

sábado, julho 16, 2011

Os momentos passam e ficam para trás, mesmo assim, nós os colecionamos e guardamos, pois cada pedacinho se tornou importante para o que nos definimos hoje. Somos uma tanto de antes, uma confusão de ocasiões. Mas hoje eu sei, mais do que nunca, muito mais que isso: somos a mistura de nós mesmos, como se uma grande parte minha fosse constituída por você.


Uma pequena homenagem e invasão minha ♥ Por Carine.

sexta-feira, julho 15, 2011

Vontade de chocolate.

   Hoje eu acordei com um desejo de você. Uma vontade de te ver, de sentir o seu abraço, o seu corpo, o seu calor. Uma vontade incontrolável de ser seu. Acordei com desejo do seu beijo, da sua pele, do seu silêncio. Acordei com vontade do seu sorriso, do seu ombro amigo. Acordei com vontade de comer chocolate.

quinta-feira, julho 14, 2011

Queria que lesses...

     Um dia você me chamou de grande árvore, e eu me senti mais forte do que nunca. Mas eu não sou. E falhei, deixie cair sobre ti meus frutos verdes. As folhas se foram, não havia mais sombra. Com os galhos secos, acolhi de bom grado o inverno. Minha única esperança é que a primavera chegue logo. O mais breve possível. Não aguento esperar, esse frio me consome.

terça-feira, julho 12, 2011

       Hoje não há razões para sorrir. Hoje não há razões para sair. Hoje eu quero ficar só, tomar um pouco de café, me aquecer vendo TV, comer chocolate e ver filmes que me lembrem você. Mas alguém bate a porta e, ao abrir, há razões para sorrir, para ficar em casa, e para mentir.
       Eu me pergunto todos os dias se encontrarei alguém melhor do que você. Me pergunto se amanhã estarei com você de novo, ou se vou sentir sua falta na tarde fria. Não quero que a única alegria do meu dia seja ouvir sua voz dizendo que hoje não vai me ver. E como sempre, me pergunto se existe alguém melhor do que você. E eu até acredito que sim, mas não para mim.

sábado, julho 02, 2011

2 dias.

          Daqui à dois dias eu saí de casa. Experimentei a brisa e o fogo. Caí e levantei. Nadei, corri, pulei. Fui mais longe, mais alto, mais perto do perigo. Conheci minhas fraquesas e explorei-as com todas as minhas forças. Caminhei pelas rosas, abraçei os espinhos, e conheci as margaridas. Falei com os pássaros, e abracei as árvores. Realizei sonhos e me decepcionei. Chorei. Chorei de tanto rir. Chorei por não conseguir parar de chorar. E ri por ter chorado. E enquanto isso, fico esperando com as memórias de daqui a dois dias.

sexta-feira, julho 01, 2011

Não é você, sou eu...

         Não é você, sou eu. Sou eu que acordo todos os dias esperando apenas ver o seu sorriso. Sou eu que não deixo que nada atrapalhe-me de te ver. Sou eu que, embora sua frieza, sempre te aqueço quando estás com frio. E se sou eu, todas essas vezes, quando será você? Eu não canso de esperar.