No meio de tanta loucura, pressa e falta de sentimento, criei um único lugar onde algo faria sentido,pelo menos para mim. Um lugar para confortar e acolher pequenas idéias e grandes sentimentos, embora a indiferença de muitos.

quarta-feira, agosto 24, 2011

Estar junto.

Estar junto não é só estar. É se realizar só por estar ali com aquela pessoa. É saber que poderá fazer qualquer coisa pelo simples fato de que ela confia em você. É reconhecer os limites e não aceitar. É passar deles, mas sem desrespeitar, sabendo que ela pode se magoar, e essa é a última coisa que você quer. É saber o que ela quer somente pelo olhar, e recolhe-la num abraço antes que ela comece a chorar. É colocar um novo sorriso em seus rosto a cada segundo, para esquecer a dor. Estar junto é muito mais do que estar, é compartilhar, sentir, ser e aceitar. É partir do começo todas as vezes, mesmo que seja a última delas. Fazer lembrar por que tudo aquilo começou, e ter a certeza que uma amziade é muito mais do que um par de mão que se batem. É bem mais do que se pode esperar. Toda vez que estamos juntos, uma nova surpresa.

sábado, agosto 13, 2011

É o que eles dizem...

Dizem que quando estamos prestes a morrer vemos toda nossa vida diante dos olhos. Imagine quando se descobre a notícia com antecedência. Somos capazes de ver toda nossa vida, com detalhes, replay e comentários. Além, claro, de nos questionarmos o que valeu a pena, o que marcou, quem vai lembrar de nós e pelo que seremos lembrados.
E aí podemos perceber, finalmente, qual o nosso propósito maior. Não que venhamos com destinos traçados, custo a acreditar nisso. Mas, em nossa vida, descobrimos motivações, amores, amizades... pessoas e coisas pelas quais valem a pena lutar. 
Quando estamos perto da morte, percebemos todos os nossos erros, mesmo que não aceitemos. Se aceitamos, então somos capazes de perdoar os erros alheios. E nessa hora, a vida se torna perfeita, encerrando ciclos, começando outros. Independente do que se acreditar, no fim, a vida é sempre a melhor possível, mesmo que em vida não o seja.

terça-feira, agosto 09, 2011

Azul, azul

O que está havendo com você? Sinto-te tão distante - pensa ele, sem coragem para falar o que afligia sua alma. Embora dividissem a mesma cama e o mesmo lençol, era uma distância do tamanho do Atlântico.
Percebe-se bem que, naquele quarto escuro, iluminado apenas pelo abajur da esquerda, não havia diálogo desde as 19:00 horas. Já eram 00:37 horas e o filme tinha acabado. A TV esta azul, azul como os quadros de Pablo.
Ele pega na mão dela, brincando com seus dedos. E, quando finalmente ele se apoia estrategicamente no travesseiro, pronto para falar, seus lábios travam. Ele percebe seus olhos, antes azuis, agora, escuros. Ela fechou seus olhos, ele, seu coração.

[...]

Sem perceber, toca seus cabelos loiros, acariciando-os. Tem, por um momento, a sensação de que ela acordara, e se contrai no seu espaço. Buscando o conforto dos braços dela, ele sente o travesseiro.
Sem entender o que ocorre, espanta-se. O filme recomeçara como que por si só. Percebe o controle debaixo de seu braço, entende o mistério e se acalma.
Enquanto se prepara para desligar, a cena que fazia lembrar ela, iniciando o filme, o comove. Ele não consegue. Chora em silêncio para não comprometer sua integridade moral.
Ela acorda e, com a TV ligada, à luz do abajur da esquerda, ele abre seu coração - Eu te amo.

sábado, agosto 06, 2011

Com um beijo que não dizia nada, um olhar que não me via e um abraço mecânico e congelado no tempo, ele disse tchau. Eu pedia pra que ele não fosse, e ele, querendo me largar. Eu não sabia por que. Ele dizia que era tarde, mas não era. Outras vezes ficou comigo até muito mais tarde. Eu sabia que ele iria para não mais voltar. Embora fossemos vizinhos, não mais nos veríamos. Não com o mesmo olhar.

quinta-feira, agosto 04, 2011

A despedida de você.

    Enquanto eu te desejei, toda a minha vida não foi nada. Nada comparado ao meu desejo de você. Era como se todos os momentos passados tivessem me trazido para esse instante, apenas com essa função.
    Mas o que acontece se nada funciona? Tudo perde o sentido outra vez. E eu estou só. Não se deixe abater por isso,você foi o melhor dos momentos e o melhor dos instantes que eu pude encontrar, mesmo sem buscar. Sorri todo o tempo que estive contigo, e me preocupei quando longe. Senti suas lágrimas no meu ombro e seu coração pressionado ao meu. Assim como senti seus braços e suas mãos. Eu fui besta, uma criança que não queria perder seu único e confortante aconchego.
    Percebi, e como não, que todo esse tempo que estive com você, eu estava a sua procura. Querendo sempre mais, mais de você em mim. Seria impossível não lembrar quantas vezes você esteve distante, e eu, em minha criancice boba, chorei. Mas você sempre voltou, para o meu bem.
   Talvez seja uma vontade insaciavél, mas eu não me permitiria te deixar ir. E o que acontece quando você resolver ir para não mais voltar? Não quero chorar para sempre, mas não há outra saída.
    Eu te desejei por toda a minha vida, e não foi o suficiente para te alcançar. E agora que você se vai, eu tenho um segundo para esquecer toda essa dor que irá me acompanhar, e te sorrir antes que você se vá.