No meio de tanta loucura, pressa e falta de sentimento, criei um único lugar onde algo faria sentido,pelo menos para mim. Um lugar para confortar e acolher pequenas idéias e grandes sentimentos, embora a indiferença de muitos.

quarta-feira, junho 26, 2013

Diárinho

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Essa noite, a lua me levou para passear. Tu me davas um beijo suave, no canto do rosto. Tua voz no meu ouvido dizendo que quer sempre mais. Teus passos suaves fugindo de mim, sem que eu te deixasse ir. - Não vai?!

Prendi em mim todo tipo de sentimento que pudesse te assustar, com medo de te perder para as estrelas.
Você sai, toda sem jeito, sem saber se me abraça, ou dá aquele leve beijo repetido. Como se tudo isso fosse uma despedida. Eu sei que não, pois toda noite te reencontro nos meus desejosos sonhos de criança.

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Essa noite, a lua me levou pra passear. Ia contigo, no canto mais remoto. O caminho todo, eu observava teu sorriso sobressalente, sem saber se era pelo simples fato de estar comigo, ou de ir ver seus amigos, tão longe, sem medo de tropeçar.

Quando te deixava lá, a volta era solitária, embora a sensação de dever comprido. Teu sorriso me guiava de volta ao único lugar onde tua presença era tenaz, meus sonhos de criança.

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Essa noite, a lua me levou pra passear. Íamos à praça caminhar. Suas mãos suadas me pediam calma - Deixa-me enxugar. - O que não entendias é que eu não sabia o que fazer quando não tinha a certeza da tua presença. Mesmos que fossemos o casal mais perfeito da praça, eu sabia que iria acabar, quando eu acordasse daquele sonho de criança.

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*Hoje, pela primeira vez você me sorriu, e era exatamente como nos meus sonhos. Se minha sorte continuar assim, tudo ficará bem. Estranhamente não sonhei contigo essa noite. Também, como poderia? Passei a noite inteira ao claro, esperando acordar daquele sorriso, e finalmente percebi que nunca mais acordaria. Viver um sonho era mais que preciso, mais que urgente. 

E tudo que eu mais desejo agora, é descobrir teu beijo suave, tua voz dizendo querer mais, teus passos fugindo de mim, teus pedidos de “me leva ali?”, e tua mão suada escorrendo direto para o jeans na tentativa de secar-se para a minha.*

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