No meio de tanta loucura, pressa e falta de sentimento, criei um único lugar onde algo faria sentido,pelo menos para mim. Um lugar para confortar e acolher pequenas idéias e grandes sentimentos, embora a indiferença de muitos.

sábado, outubro 06, 2012


  Sentado na praça, meus olhos, de graça, te olharam. - Que bela moça, é essa que passa. Passa e caça, sem nem precisar, o meu olhar.
  Martela o chão, morena tentação.
  Corre apressada, sem sentir que o tempo passa. Cabelos ao vento, que nada. Amarrados. Laço dado na marra, apertado.
  Assobia? Que nada. Apressada, só chia. Reclama de tudo, criança. Criança de alma, de jeito e de cama.
  Agora, se cala. Pára.
  Resgatando na memória a pasta esquecida, rispidamente retorna arrependida.
  Num passo sem compasso, desmarcado, tropeça no que deveria ser um laço – próprio cadarço.
  E para completar a tragédia sem fim, vem a chuva.
  Fui para casa correndo, cheguei molhado. A moça nunca mais vi, porém mantenho o cadarço sempre amarrado.

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