Sentado na praça, meus olhos, de graça, te olharam. - Que bela
moça, é essa que passa. Passa e caça, sem nem precisar, o meu olhar.
Martela o chão, morena tentação.
Corre apressada, sem sentir que o tempo passa. Cabelos ao
vento, que nada. Amarrados. Laço dado na marra, apertado.
Assobia? Que nada. Apressada, só chia. Reclama de tudo,
criança. Criança de alma, de jeito e de cama.
Agora, se cala. Pára.
Resgatando na memória a pasta esquecida, rispidamente retorna
arrependida.
Num passo sem
compasso, desmarcado, tropeça no que deveria ser um laço – próprio cadarço.
E para completar a tragédia sem fim, vem a chuva.
Fui para casa correndo, cheguei molhado. A moça nunca mais
vi, porém mantenho o cadarço sempre amarrado.
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