No meio de tanta loucura, pressa e falta de sentimento, criei um único lugar onde algo faria sentido,pelo menos para mim. Um lugar para confortar e acolher pequenas idéias e grandes sentimentos, embora a indiferença de muitos.

domingo, janeiro 16, 2011

A cortina


Na sala existia uma cortina.
Abria e fechava, a cortina.
Na sala tinha uma cortina
que abria e fechava.

A cortina fazia sempre o mesmo.
Toda hora, todo o tempo, o mesmo.
Na sala de Dona Ana tinha uma cortina,
abria e fechava sempre nos mesmos movimentos,
nas mesmas vistas, nos mesmos ventos.

Um dia desmontada foi,
levada para outra janela, a cortina.
Uma outra vista, um outro vento,
o mesmo movimento.

Embora distante do seu primeiro lar,
a cortina ainda era cortina,
ainda seguia a risca
aquela mesma rotina.

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