No meio de tanta loucura, pressa e falta de sentimento, criei um único lugar onde algo faria sentido,pelo menos para mim. Um lugar para confortar e acolher pequenas idéias e grandes sentimentos, embora a indiferença de muitos.

domingo, janeiro 16, 2011

O Coronel

- Quem vem lá! - exclamou roucamente, porém alto o suficiente, o coronel, sentado em sua cadeira de balanço que rangia na varanda. Sua audição, apurada por causa da cegueira, foi capaz de ouvir os passos cuidadosos da pequena mulher que se aproximava colocando a mão em seu ombro e trazendo seu chá.
A pequena esposa do coronel não tinha mais o vigor de anos atrás, quanto o homem havia perdido a visão, e agora tremia para segurar a bandeja com a xícara e o bule apenas com uma mão.
O pobre homem, percebendo a aflição de sua mulher, com um movimento rápido e firme, ajudou-a a segurar a bandeja.
O velho coronel se chama Amor.  E embora Amor fosse cego, nunca havia se sentido tão forte e seguro quanto naquele momento, ao lado de sua companheira que tanto o amava.

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