No meio de tanta loucura, pressa e falta de sentimento, criei um único lugar onde algo faria sentido,pelo menos para mim. Um lugar para confortar e acolher pequenas idéias e grandes sentimentos, embora a indiferença de muitos.

domingo, janeiro 16, 2011

Uma carta para você.

Meu Grande Amor,

Um dia você disse que não sabia, que de todos, eu era o único e o único que não entendia. Você veio pra mim, me abraçou, e me deixou. Nem, ao menos, me beijou. Saiu chorando, dizendo que precisava ir. Saiu correndo, doendo e sangrando. Deixou-me só, com um beijo no ar, uma saudação, uma saudade e um luar. Não foi escolha sua, eu sei, nem minha, por vez. Mas não é assim que termina o fim. É triste viver, é triste morrer, é triste continuar aqui, sem saber por que. Esperar é algo que aprendi. Mas se você não volta? Porque esperar o inevitável, sem nem ao menos tentar evitar? É tempo de seguir. Seguir em frente na caminhada, mesmo que isso signifique voltar. Assim, dou meu passo, e espero que me entenda. Não poderei voltar, o passo foi longo demais. Um passo involuntário, de medo, de agonia, de desespero. Foi um passo pro futuro. Um passo pro sossego. Um passo pra longe de você, e do meu choro. As lágrimas agora são de sangue e se chamam pingos. E vai chover sem parar. Porque eu prefiro sofrer à espera daquilo que não virá, do que chorar pelo que eu não pude aguentar. É triste o fim, mas pior é o começo. Porque continuar essa caminhada impaciente, já que eu posso sentar e esperar que passe alguém pra me guiar? Por quê? Eu quero esperar, esperar você. Mas o acostamento é estreito, e o passo que eu dei pra fora do caminho... Não dá pra voltar. Eu estava em cima de uma ponte, e eu não sei nadar. Cair é suicídio, e meu passo foi por você. Adeus.

Seu Pequeno Caso.

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