...simplesmente
não consigo escrever esse texto. Não consigo imaginar um lugar pra te por, um
banco que seja em que fiques confortável. Um livro qualquer, que possas ler
enquanto eu passo te admirando, ou sei lá. Não consigo imaginar suas mãos tocando
a minha por uma última vez, nem se quer uma primeira. Não sei como te encaixar
no meu abraço, no meu colo, ou ao meu lado, ou em qualquer lugar que seja. Não
te encontro lendo cartas, nem tão pouco as respondendo, nos meus pensamentos. Não
te vejo nos parques, bibliotecas, cafeterias nem ônibus em que tanto já viajei.
Talvez seja tudo uma questão tão fácil, que não caberia num dedal, mas também
não te imagino costurando. Se quer sua voz, tão fácil e lógica de lembrar,
consigo, aqui, colocar. E como pode um pedaço de papel suportar tanta dúvida e
frustração? Nem como terminar esse texto, eu sei. E fico tentando, em vão...
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