No meio de tanta loucura, pressa e falta de sentimento, criei um único lugar onde algo faria sentido,pelo menos para mim. Um lugar para confortar e acolher pequenas idéias e grandes sentimentos, embora a indiferença de muitos.

sexta-feira, janeiro 21, 2011


 Ao acordar, abracei meu travesseiro. Não queria levantar. Não queria acordar. Eu sentia o seu cheiro, estava em paz, porém, sozinha.
 Na cidade do amor, eu estava sozinha.
 Para o meu alivio, você não estava mais lá, não queria que você me visse naquela situação patética Mas, talvez... Talvez eu quisesse você lá. Nem que fosse para me desejar bom dia, ou perguntar se eu estava bem. 
 Nós sabíamos que não ia durar. Mas a verdade é que eu não iria me importar se durasse.
 Aposto que você saiu correndo, assim que acordou. Está tudo bem, eu consigo lidar com isso.
 Apesar da distância, sua presença continuava lá. Era como se você nunca tivesse ido embora. Naquele momento, você estava ao meu lado, sorrindo. Eu pisquei, você sumiu.
 Fechei os olhos por alguns segundos, e te desejei em silêncio. Queria que você ainda estivesse aqui.
 A porta se abriu, você segurava algumas sacolas. Vou te fazer o melhor café da manhã do mundo. Eu tentei me controlar, mas estava sorrindo. Um sorriso largo, que entregava o que eu sentia. Eu estava feliz. Ah, bom dia.


(Cecília Maroja)

Nenhum comentário: