No meio de tanta loucura, pressa e falta de sentimento, criei um único lugar onde algo faria sentido,pelo menos para mim. Um lugar para confortar e acolher pequenas idéias e grandes sentimentos, embora a indiferença de muitos.

quarta-feira, março 28, 2012

Curta viagem.



  Todo inicio pressupõe um final.
  Rios – e mares – me deixam pensativo. E talvez por morar na Veneza Brasileira eu seja tão pensativo. Não sei de onde eles vêm, os rios. Embora se seja possível saber, nunca me abusei sobre isso. Até porque destruiria toda uma linha de pensamento e todos os pensamentos que venho trajetando ao longo do caminho de casa, a fim de perceber que não faz diferença. Qualquer diferença seria mero acaso, irrelevante.
  Hoje, em especial, me peguei pensando em... nada, na verdade. Tentei tanto e por tantas vezes pensar em algo, que minha mente esvaziou. Talvez seja essa uma das vantagens de andar de ônibus (nos horários certos, claro), a falta de preocupação com qualquer tipo de controle sobre o destino, a não ser referenciar-se para onde se vai. Mas, finalmente, até o nada teve fim. Como o rio, que chega no mar, meu pensamento chegou a um destino: finais. E ai me lembrei de um não referido jornal: Por que eles acontecem? Por que marcam tanto em nossas vidas? Como evitá-los? É, mas não adiantou em nada questionar tanto.
  Agora eu já tinha um rumo, finais. Porém, quando conclui meu raciocínio de que tudo acabara, acaba e acabará, me peguei surpreso em minha própria dedução, a viagem terminara de acabar. Casa, em fim.

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