Ela me perguntou de que eu gostava. Eu respondi, com ironia, que gostava de tudo quanto um pouco. Exceto, talvez, dela. Ela não me convencia. Seu lábios tremidos quando me jurava verdade, seus olhos apertados quando estávamos na cama. Suas mãos geladas, o peso de suas pernas, e a postura com que sentava. Era tudo falso demais. Mas, mesmo com os lábios tremendo, os olhos quase fechando e as mãos geladas tocando o meu rosto, além de, claro, aquela postura estranhamente ereta, quando ela dizia que me amava, eu sorria e me apaixonava. Ai só conseguia criticar uma coisa - porque você não senta mais perto?
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