E aquela garotinha ali deitada mal sabia que não sabia nada da vida. Ela tinha boca grande, olhos grandes, coração grande. Ela era grande. Deitava na rede e adormecia todas as tardes, com o vento nos pés. Nada temia. Mas, mesmo garotinhas crescem. Ela cesceu. Agora tem uma boca pequena, um olho pequeno. Suas mãos não alcançam mais o céu, e seu coração se tornou pequeno. A rede rasgou. As paredes, grossas, não deixam o vento entrar. Ela já nem fica descalça.
Um comentário:
Sinto uma pequena depressão nos seus textos. E você nem entrou, pra me contar porquê.
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