No meio de tanta loucura, pressa e falta de sentimento, criei um único lugar onde algo faria sentido,pelo menos para mim. Um lugar para confortar e acolher pequenas idéias e grandes sentimentos, embora a indiferença de muitos.

domingo, julho 24, 2011

Tulipas

                Coloco-me a beira da escrivaninha para começar meu dia de fato. Como sou de um caráter clássico, um lápis incrementado com uma borracha, papel e uma máquina de escrever estão sempre prontos para a ação em seus específicos lugares. Sim, específicos. Não sou do tipo desorganizado, e até o sou, quando se trata dos meus óculos. Por sinal, acabo de dar falta deles. Sinto que não adianta procurar nas redondezas. Vou fazer uma curta viagem até a varanda já que não preciso de óculos para ver as tulipas no parapeito. No pequeno centro de vidro, uma surpresa: os óculos.
                Ainda de pijama, óculos nas orelhas, e sentado a beira da já conhecida escrivaninha de madeira, estou confortável e pronto para começar. Quando o lápis beija o papel, a porta os interrompe. Mais uma vez, depois das muitas da noite passada, concentro minha raiva na janela aberta que fazia ventar a maresia, levando meus papéis e batendo a porta. Sinto que estou pronto para desistir. Deito na cama e fecho os olhos, aproveitando que não preciso me vestir, quando este episódio me surgiu na mente e logo após, no papel.

2 comentários:

* disse...

nao digo que vc tem pinta de escritor menino! pode ter certeza vc vai pra frente! pena que esse tipo de carreira no brasil é meio desvalorizada! Mas Parabéns! :*

A•M disse...

è verdade.. mas obrigado (: