No meio de tanta loucura, pressa e falta de sentimento, criei um único lugar onde algo faria sentido,pelo menos para mim. Um lugar para confortar e acolher pequenas idéias e grandes sentimentos, embora a indiferença de muitos.

domingo, janeiro 16, 2011

Carta de um breve fim.

         No sol do verão, escondido na sombra, derramei lágrimas. Lágrimas trágicas de um infortúnio, por vez, merecedor.
          Vi o dia lindo e resolvi caminhar. Andar entre as crianças, e depois, só esperar.
        Esperar já não bastava. Foi o ímpeto da espera que me trouxera ali. Mais um passo dei, seguido de muitos mais. Na esperança de encontrar o caminho.
        Andei sobre as lágrimas que haviam caído, agora sombreadas pelas árvores que deixavam cair suas folhas.
          As lágrimas foram cobertas de folhas e de branco. E por mais duas ocasiões andei sobre elas.
Já não sei se era só sua figura o que eu procurava, ou seu sorriso entorpecente, ou seu olhar caloroso. O importante é que no fim de tudo, eu te amaria.
          Não precisei esperar por isso, mas foi a espera de te ver mais uma vez que me trouxe aqui, nesse lugar onde seu rosto merecedor de olhares e seus mistérios merecedores de atenção apareceram para mim, tomando meu olhar e me deixando totalmente descuidado. E embora fosse breve, o importante é que no fim, eu te amava.

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